melomanias, etc.

segunda-feira, julho 30, 2007

The selfishness of the art consumer

The news is that swedish film director and major icon of the contemporary cinema Ingmar Bergman has died. The art consumer immediately translates it into: there will be no more new Bergman movies for me to watch.

domingo, julho 29, 2007

A melhor forma de defesa é o auto-ataque.

sábado, julho 28, 2007

On Closer

He who is more acquainted with human nature is best equipped to manipulate others.

sexta-feira, julho 27, 2007

Tell me as mean as I am and I'll double your bet.

Preocupações laterais

Com o aquecer da discussão sobre o aquecimento global, que parece voltar a ter um pico desde as manifestações ambientais das duas décadas anteriores, sinto que se devia levantar uma questão à qual não tem sido dada a devida importância. Como muitos outros, cresci num contexto de influência directa da psicologia psicanalítica e como tal, parte da minha formação - e consequentemente da minha personalidade - é sustentada pela metáfora do iceberg.

Se há alguém que não sabe, a referida metáfora aponta para a pequena proporção que consitui a parte consciente do ser humano, representado pela ponta do iceberg que fica à superfície, em contraponto ao grande desconhecido, nas entranhas do inconsciente que se afundam no oceano.

Pergunto então: o que vai acontecer à metáfora do iceberg com o agravar do aquecimento global?

terça-feira, julho 24, 2007

Quoting myself #23

Stardom is the domain where rumours are made to become true.

segunda-feira, julho 23, 2007

Here's your moment of Zen

sábado, julho 21, 2007

"I'm sick of spending these lonely nights training myself not to care"

quinta-feira, julho 19, 2007

KiN Mode ON




"On The Other Side

I'm tired of everyone I know
Of everyone I see
On the street
And on TV, yeah

On the other side
On the other side
Nobody's waiting for me
On the other side

I hate them all, I hate them all
I hate myself
For hating them
so I'll drink some more
I'll love them all
I'll drink even more
I'll hate them even more than I did before

On the other side
On the other side
Nobody's waiting for me
On the other side

Here we go

I remember when you came
You taught me how to sing
Now, it seems so far away
You taught me how to sing

I'm tired of being so judgemental
Of everyone
I will not go to sleep
I will train my eyes to see
That my mind is as blind as a branch on a tree

On the other side
On the other side
I know what's waiting for me
On the other side

On the other side
On the other side
I know you're waiting for me
On the other side"

by The Strokes

quarta-feira, julho 18, 2007

CSS

Cascading Style Sheets

ou

Cansei de Ser Sexy?


PS: confesso que nunca confundi a EPAL com a EPUL e até tenho uma ideia daquilo para que serve o IPPAR, mas esta questão das siglas começa a tornar-se uma população fora de controlo...

terça-feira, julho 17, 2007

Nut cracking headache

Ontem enquanto uma dor insuportável me atacava a cabeça - não que uma dor de cabeça minha seja assunto de interesse para este blog, mas adiante. Dizia eu, enquanto uma dor insuportável me atacava a cabeça e eu a procurava afogar na almofada com dose dupla de Aspirina em cima e a banda sonora indesejada de um vizinho que resolveu martelar as paredes àquela hora - sem sequer marcar o ritmo - onde é que eu ia? Ah, sim, eu pensava que a sensação produzida pela tal dor de cabeça insuportável devia ser semelhante a ter a cabeça apertada por um quebra-nozes.

Surgiu assim o neologismo do dia (e o post devia ter começado por aqui): uma dor de cabeça de "quebrar nozes", ou na versão mais melódica do inglês: "nut cracking headache".


PS: nota à autora: não voltar a escrever posts na ressaca de uma "dor de cabeça insuportável". E, sobretudo, não tentar fazer piadas com isso.

segunda-feira, julho 16, 2007

"and if your life depresses you just live it through your favourite movie star"

Isso até era porreiro, Neil, mas... e se a minha estrela de cinema favorita - ainda por decidir - sofrer de tendências depressivas?

domingo, julho 15, 2007

Rádio Nostalgia

Afinal a Rádio Nostalgia não desapareceu das ondas hertzianas. É a RFM, a "rádio nostalgia" da década de 90.

Ocasionalmente entro no carro de alguém que tem a dita sintonizada. As compilações Romantic Rock do Fido Dido são fonte recorrente para a playlist, mais estável do que a Torre de Pisa. Aliás, ainda a Torre de Pisa há-de cair e na RFM vai continuar a passar o "I Want To Know What Love Is" dos Foreigner, ou os Frankie Goes To Hollywood com "The Power Of Love".

A diferença fundamental face à verdadeira Nostalgia estará em que, na primeira, o propósito de nos apegarmos à música produzida num determinado período temporal e ouvirmos as mesmas coisas over and over again era claro, quase com direito a disclaimer prévio. Na RFM as coisas passam-se de outro modo: o único critério subjacente à criação da playlist é reunir "a melhor música do mundo", para tocar na "sua rádio, a melhor do mundo". E ao que parece, a melhor música do mundo ficou quase toda compilada nas colecções apresentadas pelo Fido Dido.

Sim, também há temas mais recentes a passar, já deste milénio e até deste ano - desde que tenham cumprido o requisito fundamental de qualquer "melhor música do mundo" que se preze: aguentarem-se nos Top 10 nacional e internacionais ao longo de seis ou sete semanas, minimum.

Mas tudo isto tem uma explicação fácil, e nem necessariamente pedante: regra geral, as pessoas gostam de ouvir aquilo que lhes é familiar, o que combina muito bem com este tipo de geração de alinhamentos musicais. E a RFM continua a ter a maior audiência nacional, ao que parece.

Eu, até preferia ter a outra Nostalgia de volta. Lembro-me das queixas incessantes aos nove anos quando me faziam ouvir aquelas velharias na viagem de carro a caminho da escola. Hoje tenho a versão original do American Pie no iPod.

A Rádio Nostalgia tinha na gastronomia infantil como equivalente a ingrata tarefa de passar por legume: faz bem e até vamos acabar por gostar em grandes, mas há que fazer birra quando em tempo próprio. A RFM é rica em calorias e hidratos de carbono. E sabem o que canta o MIKA... "Sucking too hard on your lollipop...".

sábado, julho 14, 2007

My blog's worst enemy

Há duas coisas que afugentam leitores na blogosfera: a escassez e a abundância de palavras. Não ter nada para dizer é quase tão mau como ter muito para dizer - e dizê-lo - e vice-versa.

Reparo agora que depois de quase uma semana sem lançar um post deixo um daqueles amontoados de palavras que obrigam - sacrilégio! - a fazer scroll down.

Só posso chegar a uma conclusão: o meu blog deve gostar tanto de mim quanto eu pareço gostar dele...

sexta-feira, julho 13, 2007

O intelectual das massas

É extremamente difícil escrever-se boa prosa, num estilo distinto. Tarefa quase impossível, então, se o escritor contar entre os seus objectivos o de entreter o leitor. Alguns, poucos, conseguiram-no.

Destaco um pela sua capacidade quase irritante de escrever textos que me incitam a citá-lo página sim, página sim. Qualquer folha de apontamentos que sirva para registar uma ou outra frase memorável vai arrastar consigo o resto do caderno, e crescer até se parecer com uma réplica do livro.

Oscar Wilde. Há quem diga que escreve para as massas, easy entertaining, obra claramente fora do círculo da cultura intelectual. Ora, meus caros, Oscar Wilde é entertaining, mas numa acepção diferente daquela de que os neurónios devem fugir por receio de intoxicação - aquilo a que esse desdém parece aludir.

A escrita de Wilde é sedutora, elegante, mas recheada de sentido de humor, polvilhada de referências culturais e regada com alguma ambiguidade. Mestre dos aforismos, referência para a literatura moderna, impressa e em formato bloguístico.

E depois as personagens. Nas suas peças não há figuras desinteressantes, todos têm uma frase a dizer, quer seja validada pelo conteúdo quer o seja pelo estilo.

Ainda, os alvos de estimação: mulheres, jornalistas, norte-americanos. Mesmo sentindo o dardo na pele, torna-se impossível não ceder perante a graça e a elegância de tal discurso satírico. (E ainda insistem em que às mulheres falta o sentido de humor).

Lanço então três dardos de Wilde, pela ordem respectiva de destinatário:

"Women have a wonderful instinct about things. They can discover everything except the obvious." (in An Ideal Husband)

"Journalism is unreadable, and literature is not read." (in The Critic as Artist)

"The youth of America is their oldest tradition. It has been going on now for three hundred years." (in A Woman of no Importance)

segunda-feira, julho 09, 2007

Monday is always the worst day to start a new week