Falhar o esterótipo
“A woman like a man”, dizes tu. Reconheço a letra e a melodia em ambos os sentidos literal e metafórico. Sou uma mulher atípica; mas ainda vou às compras. Por fases. Não tenho problemas em sentir-me feminina, excepto se tiver odor a fútil. E depois, como interpretar... “És uma mulher atípica” – elogio? A questão está em como é que uma mulher pode não ser como a maioria das mulheres e ainda assim ser como uma mulher. Como algumas mulheres das peças do Oscar Wilde são o Wilde em versão Oscarina – não ganharam a independência. E eu não me reconheço num género, mas também não pretendo ser apêndice do outro. Respiro fundo e lanço em tom de desafio (e num esforço de auto-convencimento pouco dissimulado): contra as lições da História e contra a predisposição da Genética, vou continuar a tentar ser quem me apetece e quem me vier a apetecer. Vai um chá gelado?
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