My theories on the dead
Enquanto muitos escritores desenvolvem personagens de um ponto de vista externo, Fernando Pessoa investia nelas o seu próprio ser, assumindo as características dessas personagens (agora heterónimos, por definição) de forma auto-referencial.
Até que ponto a escrita é uma forma de auto-expressão e a partir de que momento é sobretudo um meio de fuga ao real? Porque não é difícil ao registo da verdade imiscuir-se o desejo de realidades alternativas, que chegam a ser tomadas pela realidade em si mesma.
PS: que máscara colocar hoje? Quem acordei hoje? - Fernando Pessoa tem, de resto, várias referências à temática da máscara nos seus poemas. Como neste exemplo, por Álvaro de Campos:
"Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido."
Ou este, noutro post mais antigo deste blog - Unmasking the Mask
Até que ponto a escrita é uma forma de auto-expressão e a partir de que momento é sobretudo um meio de fuga ao real? Porque não é difícil ao registo da verdade imiscuir-se o desejo de realidades alternativas, que chegam a ser tomadas pela realidade em si mesma.
PS: que máscara colocar hoje? Quem acordei hoje? - Fernando Pessoa tem, de resto, várias referências à temática da máscara nos seus poemas. Como neste exemplo, por Álvaro de Campos:
"Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido."
Ou este, noutro post mais antigo deste blog - Unmasking the Mask
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