melomanias, etc.

segunda-feira, julho 31, 2006

Together or n o t

Roger Waters sings:
“Hey you, out there beyond the wall,
Breaking bottles in the hall,
Can you help me?
Hey you, don’t tell me there’s no hope at all
Together we stand, divided we fall.”

Julian Casablancas sings back:
“You say you want to stay by my side
Darling your head's not right
You see alone we stand together we fall apart
Yeah, I think I'll be all right”

quarta-feira, julho 26, 2006

Capuchinho Vermelho

Não, a fábula não serve para confirmar que todos os lobos são maus e que todos os capuchinhos são vermelhos. Afinal, quem é que seguiu pelo atalho?

Alienação consciente e alienação informada

Acompanhar diariamente o telejornal pode significar que se está informado, mas não é necessariamente sinónimo de que se está consciente do que se passa no mundo. O que se passa no mundo abarca muito mais do que aquilo que cabe no pequeno ecrã (ou na imprensa ou na rádio ou no jornal electrónico). Os acontecimentos, percepcionados através de olhos e mentes humanas providas de idiossincrasias e valores, são encaixados em categorias narrativas pré-existentes onde a complexidade e a ambivalência são reduzidas ao máximo. Já Gaye Tuchman caracterizava as notícias como construções sociais da realidade, pelo que uma análise de como se processa o discurso jornalístico pode ser mais reveladora sobre a nossa época do que aquilo que é dito per se.

Se quem se entrega às artes, aos discursos teóricos mais abrangentes da análise das ciências sociais e se abstrai simultaneamente do vocabulário jornalístico do dia é caracterizado como um ser alienado, não será certamente por ignorar as multiplicidades da lógica e da natureza humana. Daqui decorre uma alienação consciente.

Mas não se congratule já o filho pródigo da sociedade da informação. Se estar informado for conhecer os detalhes, os números e os nomes, é suficiente acompanhar as notícias diárias. Mas estar em condições de se reproduzir o discurso jornalístico não é sinónimo de menor alienação. É uma alienação informada, por assim dizer.

segunda-feira, julho 24, 2006

Falemos do estado do tempo

Iniciar uma conversa recorrendo a considerações sobre o estado do tempo é um hábito há longo adquirido. E apesar da crítica feroz provir de todas as frentes, este modo de desbloquear a conversa é ainda assim preferível a certas alternativas.

Há quem procure evitar a necessidade de recorrer à linguagem meteorológica, pelo que, ao apresentar amigos, familiares e conhecidos, acrescenta uma breve descrição sócio-profissional da pessoa. Argumentos a favor? Poupa-se no tempo e corta-se no embaraço de procurar um assunto inicial para estabelecer o diálogo.

Mas será assim tão descabido o desejo de se levar o tempo que for preciso – em especial quando a cadência de acontecimentos na linha temporal se encontra excessivamente acelerada – para descobrirmos por nós próprios o interlocutor, sem que uma terceira pessoa nos despeje à partida os preconceitos e julgamentos sobre o que considera ser interessante desbravar na conversa subsequente?

Uma silhueta torna-se cativante precisamente porque o que tem para revelar excede imensamente o que podemos perceber numa observação preliminar. E a forma como os contornos se vão preenchendo é tão essencial quanto a cor e o relevo em si mesmos. Em última instância, fale-se do tempo. Aí a pessoa é forçada a optar por uma descrição monótona ou por uma elaboração apaixonada; por uma visão pessimista ou pelo prenúncio de tempos melhores (literalmente). Um potencial recurso à imaginação pode até lançar pistas para sabores da chuva antes ignorados. Sabores… ou metáforas igualmente inusitadas, como os cães e gatos que chovem no provérbio inglês. E tal como os provérbios caracterizam uma forma de cultura popular, o modo como se aborda o mais banal dos assuntos revela o bastante sobre quem está a falar para prosseguir a conversa ou fugir declarando estar “mau tempo no canal”.

sábado, julho 08, 2006

KiN Mode ON

"Teacher

When I woke I got up to collect my doubts
I chewed them with my lucky jaw
I chewed them with my lucky jaw
I need someone to care for me
A bigger heart to care for me
What will I be without this force to support me
To collect me
I used to think I was strong enough to cope
With fears as deep and fierce as mine
Hahahaha

But then I broke
And then I fell
I screamed and curled and cracked and crawled

Selfishness, foolishness,
Predicts defeat
The jester rules the stronghold

Love I saw, love I saw
I had never seen a love that big before

Carelessness, recklessness
Predicts defeat
The jester rules the stronghold

A woman burned the castle mine
She said I could no longer shine
In armor she thought of as foul and fake
But foul and fake was she to me
I pushed her away
She had to leave
I was left alone in an empty black burned out field

Oh what I desire
Is my lovers great insulting fire
For me

Watching
Waiting
Trying to free

Scattered around on the floor
All the things of a boy
The armor and the plans for war
All meaningless but wonderful

Caught in the caves on my heart’s trampoline
I cannot be traced no I cannot be seen
I lie in my tomb but still suffer the pain
The vision of you now is all that remains

Oh it burns my eyes
But love is great
And love’s divine
To me"

by Zita Swoon