Para os reincidentes, os transportes públicos de Barcelona reservam uma novidade. Sábado o metro funciona 24 horas non stop. Este alargamento no horário - em vigor desde Abril - vem somar-se às variações na hora de fecho conforme o dia da semana (ou feriado). Em trocados, isto significa um esforço de adaptação dos horários dos transportes públicos aos pedidos dos utilizadores do serviço - que em dias de noites mais prolongadas pretendem um serviço que os satisfaça.
Receber esta notícia em delay recordou-me uma petição feita há uns meses por utilizadores do metro de Lisboa para se viabilizar o alargamento do horário de funcionamento nocturno. A resposta foi negativa e sustentou-se na necessidade da totalidade das horas de fecho ao público para a manutenção do metro. Por alguma estranha razão isso não me faz sentir insegura ao circular no metro de BCN...
Em Barcelona a arte é democrática. Enquanto se caminha pelas ruas da cidade só é necessário elevar o ângulo do olhar e fitar as fachadas dos prédios. Depois dos museus, o museu chegou à rua.
She came from Greece, she had a thirst for knowledge She studied sculpture at Saint Martin's College That's where I caught her eye. She told me that her Dad was loaded I said "In that case I'll have a rum and coca-cola" She said "fine" And in thirty seconds time she said,
"I want to live like common people I want to do whatever common people do, I want to sleep with common people I want to sleep with common people like you" Well what else could I do? I said "I'll see what I can do"
I took her to a supermarket I don't know why But I had to start it somewhere So it started there. I said "Pretend you've got no money" But she just laughed And said "oh you're so funny". I said "yeah? Well I can't see anyone else smiling in here".
Are you sure you want to live like common people You want to see whatever common people see You want to sleep with common people, You want to sleep with common people like me. But she didn't understand, She just smiled and held my hand.
Rent a flat above a shop, Cut your hair and get a job. Smoke some fags and play some pool, Pretend you never went to school.
But still you'll never get it right 'cos when you're laid in bed at night Watching roaches climb the wall If you called your Dad he could stop it all.
You'll never live like common people You'll never do whatever common people do You'll never fail like common people You'll never watch your life slide out of view, And dance and drink and screw Because there's nothing else to do.
Sing along with the common people, Sing along and it might just get you thru' Laugh along with the common people Laugh along even though they're laughing at you And the stupid things that you do. Because you think that poor is cool.
"Now Blogger saves your drafts automatically!". And when will it save the comments I try to leave on other blogs?
And is there a possibility that sometime soon there will be a device to save my own thoughts? I would much appreciate that because it would guarantee that I would always have another bit of ridicule to leave around here, because for the moment I can still blame my blessed forgetfulness.
De tempos a tempos ouço alguém referir as fardas como instrumentos de atenuamento dos efeitos de diferenciação operados pela estratificação social e económica sobre as pessoas. Mas será que, só porque as criancinhas andam todas vestidas com o mesmo modelo de bibe, esse detalhe é suficiente para evitar a discriminação?
Discriminar deriva do latim discriminare, que se pode traduzir por "distinguir entre". É óbvio que o tipo de discriminação social a que os defensores da farda se referem contém já uma conotação mais avançada, que passaria pela distinção entre pessoas com base em classes e categorias, independentemente do seu mérito individual (conferir wikipedia). Aqui, vou ter em conta ambas as determinações.
Um dos princípios base de funcionamento da mente humana assenta sobre a operação "distinguir entre". Necessitamos de categorias e de modelos para nos situarmos face a um tempo e a um contexto; para gerirmos os nossos níveis de confiança (que não podem ser indiscriminados, good intentions are shot down in less than five minutes); para que possamos prever (with a reasonable accuracy and an acceptable margin of error) as acções daqueles que nos rodeiam, e programar a nossa acção em concordância com isso. And so on. (Perdoem o modo bilingue. A escriba não conhece palavras suficientes numa das duas línguas para se exprimir)
Sejamos razoáveis. A roupa - e neste caso um modelo de vestuário formatado e generalizado a todos (ou quase) dentro de um mesmo contexto - funciona apenas como um dos motes possíveis à diferenciação para que a mente humana se encontra predisposta. Numa abordagem absolutamente superficial e célere, fulano X talvez seja capaz de achar que fulana Y parece igual às outras porque veste de igual. Mas dêem-lhe mais do que 5 segundos...
O Professor Higgins dar-nos-ia já uma pista com sustentação suficiente para contrariar a tese da farda (para abreviar, fica TDF daqui em diante). A qualidade do inglês falado era, na sua opinião, instrumento suficiente para se conhecer o pedigree social e o tipo de educação que uma pessoa recebera (indo ainda mais longe e descobrindo-lhes a origem geográfica, de acordo com o accent). Ficção baseada em factos reais.
Ora vejamos. O que observo quando interajo com alguém? O modo de falar, a linguagem utilizada (verbal e não verbal), a postura, as temáticas de conversação e respectivos posicionamentos, a cultura e respectiva orientação, etc. etc. Isto depois de ter analisado a roupa (estilo e consonância dentro desse estilo), os contornos do corpo, a cor do cabelo, o tom e a textura da pele, o formato dos olhos e a sua tonalidade, et caetera. E quando pratico estas observações, não o faço de um modo neutral. Concretizo-as numa lógica dupla, de identificação e de distinção.
Identificar-me com algo em alguém não implica que goste imediatamente dessa pessoa, como distinguir-me face a ela não deriva necessariamente numa rejeição. Mas uma acumulação gradual de "iguais" e "diferentes" pode resultar numa agregação de pessoas em diferentes grupos, já que esse é o modelo base de formação de uma cultura. Sabemos quem somos por oposição ao que não somos, tal como sabemos com quem queremos estar por uma soma de características que nos agradam e por oposição a outras que nos repugnam (ou que simplesmente não nos apelam).
Não somos imediamente inimigos dos outros porque escolhemos estar com estes. Mas sabemos que não podemos estar com todos; é uma promiscuidade que nos desagrada.
Mas de volta à TDF. Não preciso de recordar os meus tempos de colégio para mostrar que a farda não é o que basta para evitar a diferenciação entre classes. Parece-me já suficientemente clara a preponderância de outros elementos indiciadores nessa função.
Para que serve então a farda? Ou melhor, o que serve ela? Sherlock levanta-se e responde: "a lógica corporativa, claro. Bolas, Watson, já acertavas uma" - o Watson em mim indigna-se - e segue "a farda funciona como elemento agregador dentro de uma instituição ou empresa, não porque elimine as diferenças entre as personalidades individuais, mas porque coloca todos sob o mesmo manto, que é como quem diz, sob as mesmas regras, o mesmo modus operandi, o mesmo chefe. Ou, do ponto de vista do espectador menos atento, é o que confere homogeneidade e funciona como agregador de identidade, particularmente útil numa empresa ou organização que quer projectar uma imagem de coerência, unidade e sem dissonâncias."
Sim, mas por muito ingénuos (ou watsonianos) que nos tomem, todos conhecem o ditado das "aparências _ _ _ _ _ _".
E eu penso: e se as nossas vidas se parecem mais com filmes e os filmes mais com a vida real porque alguém escreveu a história que serve de guião à nossa vida?
Tati, o esteta. As evidências transpiram na composição da imagem, nos sons que brincam entre si e com a nossa percepção, no colorido das suas narrativas tecidas de metáforas.
Tati, o francês. Na nostalgia da vida da rua e dos cafés que são point de rendez-vouz. E por contraponto, numa França modernizada, em antevisão crítica e irónica, mas não totalmente despojada de fascínio; apenas avessa à descaracterização artificial potenciada pelos novos impulsos modernizadores.
Tati, também inglês. Na 'farda de combate' de Hulot e no estilo humorístico que destila nas suas sequências ininterruptas de nonsense, bizarro e observação acutilante da natureza e do modo de estar humanos.
Tati, fazedor de caricaturas. Tati, pintor de caracteres humanos. Tati, reprodutor da vida, da essência e da forma - não necessariamente por esta ordem.
Um acumular de palavras para um realizador que não as deixava abundar nos seus filmes. Ausência essa não motivada pela escassez de ideias, mas antes talvez pela reprodução de um cómico de situação que aproxima as suas cenas - excepto no clímax do bizarro e no modo poético - à comédia das nossas vidas (por vezes tão pouco) banais.
Desfilam arquétipos que representam pessoas que conhecemos por cenários que nos são familiares, que se comportam em modos que sabemos de cor. Mas também desponta a originalidade na conjugação destes elementos, apoiada na sua capacidade surpreendente de sintetizar o ridículo humano numa alegoria em tons poéticos e quase enternecedora. Por isso gostava de lhe enviar um abraço. As palavras, já as gastei à força de elogios incontidos.
Parece-me que a única vantagem de acordar com foguetes lançados aos céus de manhã é confirmar-nos - escassos segundos depois - que ainda não estamos em guerra com ninguém.
I can't believe you need me I never thought I would be needed for anything I can't believe my shoulder would carry such important weight As your head and your tears I can't believe you chose me, in all my fragility, me It hurts so much when I love you, it makes me cry Every time
Oh you, oh you are, oh you are The little boy made for me in the stars In the stars, that's why I can't let you go The little boy made for me in the stars That's why I love you more the further I go And before this existence you were always there Waiting for me You are, you are the realest thing I know Hands down The realest thing I know
I am not used to being carried Or being able to carry a pretty song I have been bruised by my many trails Sometimes my skin's so thick it's frail I just need to be ignored 'til I wake up to the beauty that is yours And it all comes to life so suddenly This is a place so deep, the water's so deep I hesitate, 'cause All the energy it takes to feel this power I tend to run, I tend to hide, 'Til I find you and I know I got you I know, I know, I know
You're the little boy made for me in the stars In the stars, that's why I can't let you go The little boy made for me in the stars That's why I love you more the further I go And before this existence you were always here Inside of me You are, you are the realest thing I know Hands down...the realest thing I know
I'm sliding on the rainbows of my childhood dreams I'm sliding on the rainbows of my childhood dreams When you carry me, when you carry me, when you carry me It's so happy I'm sliding on the rainbows of my childhood dreams I'm sliding on the rainbows of my childhood dreams"
What's this? What's this? There's color everywhere What's this? There's white things in the air What's this? I can't believe my eyes I must be dreaming Wake up, Jack, this isn't fair What's this?
What's this? What's this? There's something very wrong What's this? There's people singing songs
What's this? The streets are lined with Little creatures laughing Everybody seems so happy Have I possibly gone daffy? What is this? What's this?
There are children throwing snowballs here Instead of throwing heads They're busy building toys And absolutely no one's dead
There's frost on every window Oh, I can't believe my eyes And in my bones I feel the warmth That's coming from inside
Oh, look What's this? They're hanging mistletoe, they kiss Why that looks so unique, inspired They're gathering around to hear a story Roasting chestnuts on a fire What's this? What's this?
In here they've got a little tree, how queer And who would ever think And why?
They're covering it with tiny little things They've got electric lights on strings And there's a smile on everyone So, now, correct me if I'm wrong This looks like fun This looks like fun Oh, could it be I got my wish? What's this?
Oh my, what now? The children are asleep But look, there's nothing underneath No ghouls, no witches here to scream and scare them Or ensnare them, only little cozy things Secure inside their dreamland What's this?
The monsters are all missing And the nightmares can't be found And in their place there seems to be Good feeling all around
Instead of screams, I swear I can hear music in the air The smell of cakes and pies Is absolutely everywhere
The sights, the sounds They're everywhere and all around I've never felt so good before This empty place inside of me is filling up I simply cannot get enough
I want it, oh, I want it Oh, I want it for my own I've got to know I've got to know What is this place that I have found? What is this? Christmas Town, hmm..."
she said: some things never change. he said: they don't change because they are true. she said: even truth is ephemeral. or especially what we consider to be true at a certain point. he said: i take nothing for certain, except my inhability. she, sad: your inability to see yourself without a self-depreciative lens? he said: all inabilities. she said: well, the truth is that you are beautiful. and also the lie, just in case anything changes.
Sucessões de letras que dão forma a palavras; sons que de forma aleatória ou calculada resultam em composições; luzes que desenham imagens. O abecedário artístico. Refúgio para todos os estímulos e plataforma de lançamento para o espaço da imaginação. melomanias. Porque a música é a banda-sonora de uma vida, mas também pode ser o que a define. Porque há sempre dois lados + 1.
Dissecações, emplastros e alegorias para melomanias@gmail.com