terça-feira, junho 29, 2004
Quem passar pelo Meco este ano vai ter direito a sessão de hipnose. Não vai ser bem num divã, mas antes na Tenda Zone deste festival da Optimus. Reconciliation vai dar o mote numa sessão dirigida por especialistas da psicanálise que já cá andam há alguns anos. Os Hipnótica estrearam-se com um álbum homónimo em 1998, tendo editado entretanto Enter, Decode e o EP Circle So Blue. "Your place is here" dizem eles e apropria-se a expressão para slogan desse momento no festival em que as sonoridades são mais calmas e dão lugar à reflexão. E quem sabe, se nessa reflexão não será possível a reconciliação (with oneself / with everybody else / with music itself)?
terça-feira, junho 22, 2004
Back To 1972
Os festivaleiros que passarem por Paredes de Coura no dia 20 de Agosto vão ter a oportunidade de fazer uma viagem no tempo rumo a 1972. É que o cantor e compositor Josh Rouse vai estar por cá para apresentar esse e os restantes três álbuns de originais que já editou. Uma viagem ao passado onde as vibrações do amor vão pautar o ambiente vivido. Resta esperar agora e ver se no final dessa noite sob as frias estrelas azuis o hino a Josh Rouse vai ser "Come Back".
Quem também vai passar pelo recinto, mas a dia 18, são os LCD Sounsystem que prometem perder as estribeiras pelo palco principal. Alojados na DFA Records de James Murphy, editora que têm em comum com os The Rapture. Poderiam aumentar as similaridades vindo ambos ao festival...
Quem também vai passar pelo recinto, mas a dia 18, são os LCD Sounsystem que prometem perder as estribeiras pelo palco principal. Alojados na DFA Records de James Murphy, editora que têm em comum com os The Rapture. Poderiam aumentar as similaridades vindo ambos ao festival...
sexta-feira, junho 18, 2004
2 São Demais, Por Isso Alguém Tem de Sair
A mais recente confirmação para o festival da Zambujeira do Mar é a dupla Soulwax, que vai actuar no palco principal no dia 5 de Agosto. Estes senhores estiveram o ano passado no Sudoeste, mas no âmbito do seu outro projecto, 2 Many DJs. Se dessa vez asseguraram o final de um dia de concertos, agora vêm cá para o warming up do festival. Espera-se uma ingressão pelo seu novo álbum, com estreia para o mesmo mês, Any Minute Now.
E se a qualquer minuto regressam estes senhores que estiveram pelo sudoeste alentejano na edição de 2003, quem afinal não vem é mesmo a senhora Beth Gibbons, nem com Portishead, nem com Rodrigo Leão, nem com Rustin Man. O lado bom (?) é que assim talvez o novo álbum de Portishead se apresse a chegar cá fora. As notícias são avançadas pela edição de hoje do Y.
E se a qualquer minuto regressam estes senhores que estiveram pelo sudoeste alentejano na edição de 2003, quem afinal não vem é mesmo a senhora Beth Gibbons, nem com Portishead, nem com Rodrigo Leão, nem com Rustin Man. O lado bom (?) é que assim talvez o novo álbum de Portishead se apresse a chegar cá fora. As notícias são avançadas pela edição de hoje do Y.
quarta-feira, junho 16, 2004
3 em 1*
O festival de dança português por excelência já tem cartaz definido. Aos já conhecidos Moloko, Peaches e Matthew Herbert Big Band, juntam-se, no palco principal (aquele por onde a linda Björk passou o ano passado e onde o Moby fez uma grande festa) os London Elektricity e os Scratch Perverts. Desta vez o cartaz para o Palco Optimus é mais alargado em número, o que significa que continuará até mais tarde do que na edição anterior a fazer concorrência às tendas de circo dançante. Para o alinhamento completo das hostilidades dançantes a 10 de Julho na Herdade do Cabeço da Flauta é fazer scroll down até à A(LIVE).
Também na (A)LIVE já estão algumas das bandas que vão passar pela Fnac a propósito da campanha pró musica portuguesa. Em vez das bandeirinhas vermelhas e verdes penduradas por todo o lado, a cadeia francesa optou por uma programação intensa de bandas portuguesas que vão desde os X-Wife de DJ Kitten ao Quinteto Tati de JP Simões (pois é, onde estão os Belle Chase Hotel? Ah, sim e quantos mesmo é que são os membros do Quinteto Tati?! :-). Mas também os Plaza (que estiveram a entrevistar os Scissor Sisters na Fnac do Chiado em Maio) o Rodrigo Leão (que vai estar no Sudoeste com a Beth Gibbons) e os Spaceboys (que estão sempre em todo o lado, e vão transformar o auditório da loja num pequeno buraco negro - será que vamos conseguir de lá sair?). Mas são mais, muitos mais... programação completa no site da Fnac.
Mas, como o título diz, são 3. E ainda na onda da cultura a preço zero (para o consumidor, entenda-se) da sugestão múltipla do parágrafo anterior, vem a bela exposição de fotografia que tem estado patente na Baixa lisboeta. Ao passar na Rua Augusta, de costas para o Rossio, esqueçam as montras e olhem para cima. É literalmente olhar Lx sob outra perspectiva, vamos subir à mesa da sala de aula e desafiar as convenções e os convencionalismos. E seguindo pela rua, sempre de olhos postos no céu, passamos pelo relógio que ignora o tempo que passa e estamos em plena Praça do Comércio (no, this is not a Lisbon Turism Guide). E aí há mais fotografias, mas agora o tema é outro, saímos de Lx e viajamos pelo planeta, por outras realidades, outras convencionalidades, outros absurdos. E é de aproveitar agora, que um certo evento trouxe tantos estrangeiros, para ouvir os testemunhos das pessoas que vêm dos sítios ali representados. Quem sabe, um norueguês que passa por vocês e vos diz que aquela paisagem é no país dele e que só se chega lá de avião, mas aquilo está rodeado de petróleo, e de repente sentem-se viajar. Cultura, culturas, mais do que 3, este post é múltiplo e multiplicado.
* mas podem ser mais...
Também na (A)LIVE já estão algumas das bandas que vão passar pela Fnac a propósito da campanha pró musica portuguesa. Em vez das bandeirinhas vermelhas e verdes penduradas por todo o lado, a cadeia francesa optou por uma programação intensa de bandas portuguesas que vão desde os X-Wife de DJ Kitten ao Quinteto Tati de JP Simões (pois é, onde estão os Belle Chase Hotel? Ah, sim e quantos mesmo é que são os membros do Quinteto Tati?! :-). Mas também os Plaza (que estiveram a entrevistar os Scissor Sisters na Fnac do Chiado em Maio) o Rodrigo Leão (que vai estar no Sudoeste com a Beth Gibbons) e os Spaceboys (que estão sempre em todo o lado, e vão transformar o auditório da loja num pequeno buraco negro - será que vamos conseguir de lá sair?). Mas são mais, muitos mais... programação completa no site da Fnac.
Mas, como o título diz, são 3. E ainda na onda da cultura a preço zero (para o consumidor, entenda-se) da sugestão múltipla do parágrafo anterior, vem a bela exposição de fotografia que tem estado patente na Baixa lisboeta. Ao passar na Rua Augusta, de costas para o Rossio, esqueçam as montras e olhem para cima. É literalmente olhar Lx sob outra perspectiva, vamos subir à mesa da sala de aula e desafiar as convenções e os convencionalismos. E seguindo pela rua, sempre de olhos postos no céu, passamos pelo relógio que ignora o tempo que passa e estamos em plena Praça do Comércio (no, this is not a Lisbon Turism Guide). E aí há mais fotografias, mas agora o tema é outro, saímos de Lx e viajamos pelo planeta, por outras realidades, outras convencionalidades, outros absurdos. E é de aproveitar agora, que um certo evento trouxe tantos estrangeiros, para ouvir os testemunhos das pessoas que vêm dos sítios ali representados. Quem sabe, um norueguês que passa por vocês e vos diz que aquela paisagem é no país dele e que só se chega lá de avião, mas aquilo está rodeado de petróleo, e de repente sentem-se viajar. Cultura, culturas, mais do que 3, este post é múltiplo e multiplicado.
* mas podem ser mais...
terça-feira, junho 15, 2004
Are You Fat or Slim? Can You Be Both?
Não, não é um anúncio a mais um produto de emagrecimento miraculoso em apenas três semanas e sem ter de deixar de comer. E também não é uma nova filosofia de vida, dessas que nos propõem os livros de auto-ajuda em formato de bolso que proliferam nos hipermercados. É uma bela notícia para quem ficou pelo recinto do SBSR no último dia deste festival e uma óptima novidade para quem não chegou a passar por lá. O Lux vai abrir portas excepcionalmente neste Domingo para receber um dos mais aclamados DJs internacionais, Fatboy Slim. A discoteca abre às 22h como de costume e o DJ Set está marcado para as 24h00 com fim previsto para as 4h00 (se os horários forem cumpridos, claro). Esta semana, sair à noite vai ser mesmo ao Domingo. Ou, para quem considera o Domingo o primeiro dia da semana, vai ser uma bela forma de começar o primeiro dos sete dias que se avizinham.
Depois do sensacional DJ Set ao ar livre entre as 3h30 e cerca das seis da manhã para um mar de gente que o rodeava num pequeno palco central, será que Fatboy Slim se vai juntar a Peaches e outros que escolheram Portugal como poiso habitual para as suas hostes sonoras? Aguarda-se festa na praia, como aquela que houve no Brasil. Areia não nos falta...
Depois do sensacional DJ Set ao ar livre entre as 3h30 e cerca das seis da manhã para um mar de gente que o rodeava num pequeno palco central, será que Fatboy Slim se vai juntar a Peaches e outros que escolheram Portugal como poiso habitual para as suas hostes sonoras? Aguarda-se festa na praia, como aquela que houve no Brasil. Areia não nos falta...
White Stripes em Portugal - e não vêm sós...
Pois é, quem quiser ver o Jack e a Meg White é só dirigir-se a uma das salas de cinema que estão a exibir o conjunto de hilariantes e non-sense sketches que dá pelo nome de Coffee & Cigarettes, realizado por Jim Jarmush. Mas se a onda é mesmo a música, então já corre o rumor pelo FórumSons de que eles vão aparecer por Paredes de Coura... E como um rumor nunca vem só (?!) diz-se que os Rapture lhes vêm fazer companhia. Será que é desta que o riff do Verão passado e o hit da noite deste ano se vão juntar num festival perto de nós? Standing by for reassurements...
segunda-feira, junho 14, 2004
Quando é que ela traz os Portishead?
O Sudoeste tem novo avanço. É Rodrigo Leão. Mas ele não vem sozinho, traz a Beth Gibbons, que esteve por lá no ano passado com o Rustin Man. Dá para perceber que a senhora gosta de Portugal, e deste festival em especial. Os Portishead já lá estiveram em 1998. Podia ser que para o ano a senhora voltasse com essa grande banda do trip-hop. Já que eles até andam a trabalhar num novo álbum... Até lá pode-se ir ouvindo a gravação do Sudoeste e recordando a passagem do ano passado, em que a cantora regressou a temas dos Portishead como complemento à apresentação (em encore, já que ela tinha estado antes nesse ano no Coliseu) e desceu para cumprimentar de forma carinhosa os fãs que that could reach her, chegando mesmo a dar autógrafos nas folhas que por ali se arranjaram.
sexta-feira, junho 11, 2004
A Bela da Publicidade do SBSR!
"Millions of Peaches, Peaches for me/ Millions of Peaches" but there's only one Peaches that I wanna see... Pois é, a nossa amiga está de volta (acho que posso chamar-lhe amiga dada a frequência com que a senhora passa por cá :-) e desta vez (surpresa!) não é para o Lux. Vai-se ouvir "fuck the pain away" lá para os lados do Meco. (por acaso é giro, porque no ano passado, no belo do autocarro a caminho do festival alguém começou a cantar a canção dos Presidents of The USA e depois outra pessoa lembrou-se da Peaches, e isso é que era, ela no Meco, e agora vai ser mesmo! Bom, talvez não seja giro, mas que é uma daquelas coincidências, nem a outra que escreveu o livro, mas que muitos dizem que não é escritora, o pode negar)
A outra surpresa também é bastante electrónica, mas noutra direcção - Groove Armada vão rumar ao Sudoeste a provar que este cartaz está cada vez mais recheado de boas propostas, com variedade de estilos q.b. e qualidade acima da média. Vamos lá ver é se não estragam o belo do alinhamente e trazem bandas de encher cartazes como fizeram no SBSR. De resto, quem ficou a lucrar foram os portugueses do palco secundário - e muitos deles mereciam mais o palco principal do que algumas bandas que por lá passaram - que tiveram uma afluência não muito característica de palco "secundário".
A outra surpresa também é bastante electrónica, mas noutra direcção - Groove Armada vão rumar ao Sudoeste a provar que este cartaz está cada vez mais recheado de boas propostas, com variedade de estilos q.b. e qualidade acima da média. Vamos lá ver é se não estragam o belo do alinhamente e trazem bandas de encher cartazes como fizeram no SBSR. De resto, quem ficou a lucrar foram os portugueses do palco secundário - e muitos deles mereciam mais o palco principal do que algumas bandas que por lá passaram - que tiveram uma afluência não muito característica de palco "secundário".
quinta-feira, junho 10, 2004
Fomos Todos Absolvidos
Oito e vinte da noite , mais coisa menos coisa, é a hora da absolvição. Os Muse entram em palco, num dia especial, muito especial. Ainda não tinham passado por Portugal para apresentar o seu último álbum e os fãs anseiam pela redenção. Mas o entusiasmo vai muito para além de a última vez já ter sido há dois Verões. É que Matt faz 26 anos e os cânticos já começam a ser entoados. Se às 11 da manhã quase só se avistavam junto às grades da entrada do recinto t-shirts de tributo aos Korn e Linkin Park, naquela altura era “Muse” e “happy birthday Matt” que se gritava junto às grades.
À histeria dos fãs correspondeu uma “Hysteria” a despoletar uma sucessão de interpretações enérgicas, profundas e dramáticas, hoje com uma aura especial. Os Muse em palco são condutores de electricidade, que atinge o público e retorna ao palco, numa comunhão enérgica. As pausas entre as músicas são quase inexistentes, a comunicação verbal – falada – com o público resume-se ao essencial; aqui é a música que interessa, servida por um jogo de luzes e poses e interpretações teatrais. Desta vez não houve os papelinhos – também não houve “Feeling Good” – e os balões gigantes, mas havia alguma familiaridade com o espectáculo de Muse, sem existir repetição “daquilo a que os Muse já nos habituaram”.
A certa altura a multidão que ali se reunira remetia metaforicamente para um oceano. Um oceano de suor, de ondas e remoinhos. O remoinho de pessoas em mosh pit e as ondas que eram as pessoas que passavam por cima das filas da frente rumo aos braços dos seguranças. Nem as sonoridades mais calmas dos solos de piano de Matt conseguiram travar esta fúria oceânica. As pérolas que saíam das ostras em palco eram retiradas à vez de Showbiz, Origin Of Symmetry e Absolution, com uma ligeira predominância para o último e ainda forte presença do segundo álbum da banda. As canções foram apresentadas em registos mais ou menos semelhantes aos das gravações, com uma ou outra alteração significativa nas distorções, nos tempos, na entoação.
Obrigatório foi “Muscle Museum” que continua a ser provavelmente o motivo de consenso entre os aficcionados e não-aficcionados de Muse, malha irrepreensível, pérola maior oferecida pelo primeiro e irrepetível – e irrepetido, porque os Muse não se têm colado em demasia a fórmulas – álbum que ainda teve direito a outras revisitações em “Sunburn” e “Dead Star”. De Absolution veio o fabuloso tema “The Small Print”, mas sentiu-se a falta de um igualmente inspirado “Thoughts Of A Dying Atheist” – parece que a noite era mesmo para crentes (de música, que fique claro). A banda de Matt, Chris e Dominic continua a renunciar às sonoridades mais calmas dos registos e “Unintended” não teria por isso lugar num alinhamento que se queria mais pesado e menos equilibrado do que os álbuns. Pela mesma razão terá faltado “Sing For Absolution”, facto que não impediu a absolvição de quem teve direito àquela hora e vinte, sensivelmente, de descargas eléctricas sonoras.
“Endlessly” seria o desejo dos fãs para a duração do concerto, mas a verdade é que quando vemos Matthew destruir a bateria – e sabemos assim que o final se aproxima – nos parece que ainda agora começaram, esquecidos que estão os litros de suor, as compressões sucessivas contra a grade, os pés que nos passam por cima e nos atingem à vez. Mas “Endlessly” não foi mesmo o mote do alinhamento e os Muse fizeram questão de nos presentear com uma despedida única: Matt arranjou lugar para se sentar na bateria, Dominic intensificou ainda mais a energia já demonstrada ao longo do concerto e Chris veio ter connosco, o que lhe valeu uma camisa rasgada, dada a euforia dos fãs. Verdadeira descarga de alta tensão nestes derradeiros minutos, descontinuada pela extenuação decorrente do êxtase e da sucessão de longas horas à espera de uma absolvição que parece pedir novo pecado – porque o regresso é o primeiro pedido que se faz sentir logo após a última nota.
À histeria dos fãs correspondeu uma “Hysteria” a despoletar uma sucessão de interpretações enérgicas, profundas e dramáticas, hoje com uma aura especial. Os Muse em palco são condutores de electricidade, que atinge o público e retorna ao palco, numa comunhão enérgica. As pausas entre as músicas são quase inexistentes, a comunicação verbal – falada – com o público resume-se ao essencial; aqui é a música que interessa, servida por um jogo de luzes e poses e interpretações teatrais. Desta vez não houve os papelinhos – também não houve “Feeling Good” – e os balões gigantes, mas havia alguma familiaridade com o espectáculo de Muse, sem existir repetição “daquilo a que os Muse já nos habituaram”.
A certa altura a multidão que ali se reunira remetia metaforicamente para um oceano. Um oceano de suor, de ondas e remoinhos. O remoinho de pessoas em mosh pit e as ondas que eram as pessoas que passavam por cima das filas da frente rumo aos braços dos seguranças. Nem as sonoridades mais calmas dos solos de piano de Matt conseguiram travar esta fúria oceânica. As pérolas que saíam das ostras em palco eram retiradas à vez de Showbiz, Origin Of Symmetry e Absolution, com uma ligeira predominância para o último e ainda forte presença do segundo álbum da banda. As canções foram apresentadas em registos mais ou menos semelhantes aos das gravações, com uma ou outra alteração significativa nas distorções, nos tempos, na entoação.
Obrigatório foi “Muscle Museum” que continua a ser provavelmente o motivo de consenso entre os aficcionados e não-aficcionados de Muse, malha irrepreensível, pérola maior oferecida pelo primeiro e irrepetível – e irrepetido, porque os Muse não se têm colado em demasia a fórmulas – álbum que ainda teve direito a outras revisitações em “Sunburn” e “Dead Star”. De Absolution veio o fabuloso tema “The Small Print”, mas sentiu-se a falta de um igualmente inspirado “Thoughts Of A Dying Atheist” – parece que a noite era mesmo para crentes (de música, que fique claro). A banda de Matt, Chris e Dominic continua a renunciar às sonoridades mais calmas dos registos e “Unintended” não teria por isso lugar num alinhamento que se queria mais pesado e menos equilibrado do que os álbuns. Pela mesma razão terá faltado “Sing For Absolution”, facto que não impediu a absolvição de quem teve direito àquela hora e vinte, sensivelmente, de descargas eléctricas sonoras.
“Endlessly” seria o desejo dos fãs para a duração do concerto, mas a verdade é que quando vemos Matthew destruir a bateria – e sabemos assim que o final se aproxima – nos parece que ainda agora começaram, esquecidos que estão os litros de suor, as compressões sucessivas contra a grade, os pés que nos passam por cima e nos atingem à vez. Mas “Endlessly” não foi mesmo o mote do alinhamento e os Muse fizeram questão de nos presentear com uma despedida única: Matt arranjou lugar para se sentar na bateria, Dominic intensificou ainda mais a energia já demonstrada ao longo do concerto e Chris veio ter connosco, o que lhe valeu uma camisa rasgada, dada a euforia dos fãs. Verdadeira descarga de alta tensão nestes derradeiros minutos, descontinuada pela extenuação decorrente do êxtase e da sucessão de longas horas à espera de uma absolvição que parece pedir novo pecado – porque o regresso é o primeiro pedido que se faz sentir logo após a última nota.
quarta-feira, junho 09, 2004
O Matt faz hoje anos
E o que este jovem de 26 anos tem para nos dizer é que “this is the end of the world”. Parece trágico, mas é somente dramático. Em “Apocalypse Please” ele faz esta declaração, não porque já não há salvação possível, mas antes numa tentativa de provocar qualquer tipo de reacção – é o artista em busca do choque, do romper com a letargia em que estamos embebidos. Matt não é um principiante nestas coisas das artes dramáticas, do enfático e do teatral. Mas em Absolution esta sua faceta vira-se para a política quando antes se havia revelado na concepção do amor. Não que o amor tenha sido relegado para segundo plano, mas simplesmente surge outra temática em cena, numa altura estratégica no que toca a política mundial. Mesmo quem parecia ter uma certa obsessão por tratar as várias facetas trágicas do romântico sente urgir a necessidade de mais do que criticar, tentar criar uma reacção, dar início a um movimento de críticos. Noutro ponto da marcha para a absolvição surge: “change everything you are/ And everything you were/ Your number has been called”; e até que ponto está o jovem que parte para uma guerra (partindo para o domínio hipotético do que estes versos poderão significar) a deixar toda uma vida para trás, todo um conjunto de crenças e objectivos, em prol de uma causa em que não acredita – ou talvez até acredite na causa, mais até do que quem a promove, apenas não nessa forma de lá chegar?
Perante tudo isto, e sem um Deus a quem responsabilizar, é obviamente difícil encarar o mundo, quem nele vive e as lógicas (ou ilógicas) por que se rege. E Matt canta: “It scares the hell out of me/ And the end is all I can see” – que fim? A chave está em: “Look through a faithless eye/ Are you afraid to die”? Perante a perspectiva de um fim abrupto, de uma morte sem vida para lá do que quer que seja, tudo aquilo a que se assiste nesta Terra se apresenta ainda mais irracional. Não que ser ateu seja sinónimo de carecer de esperança ou até mesmo de fé (elas são direccionadas para a vida e para o ser humano, o que potencia a já de si pesada decepção). É apenas difícil em certos momentos não ter uma “verdade” que possa suavizar a dura realidade.
A reacção que se adivinha é a “Hysteria”, fazendo adivinhar que uma análise psicanalítica ao vocalista e letrista e... dos Muse daria certamente resultados deveras interessantes. It would be a juicy subject of psychological study. Pessoalmente (e pelo menos perante os fãs e os jornalistas) Matthew aparenta calma e uma certa racionalidade calculada, que entram em conflito com os jactos emocionais que jorram das suas letras. “Endlessly” é certamente a canção mais positiva de Absolution. À excepção de “Bliss” e “Unintended” parece que Matt nunca foi capaz de transmitir em nenhuma outra letra algo de tão positivo no amor (não esquecer que “Feeling Good” é um original da bela Nina Simone). E parece que é mesmo essa a “fórmula”. Inusitadamente ou não, há precisamente uma canção por álbum em que Matt consegue transmitir o amor que sente como algo de positivo, de belo in extremis, inevitável e irredutível, to which we can only surrender. “Endlessly” é isso; é o desejo de se querer desejar ainda mais, de não se imaginar outra condição que não a de entrega total. “Endlessly” is the time to the extent of which I’ll love you. E o único receio é o de esse amor não perdurar como se acredita no presente, porque o passado deixa sempre ensombrado o futuro. A “Hysteria” retorna e a personalidade inconstante aflora, numa busca constante e insaciável.
A incompatibilidade, com o amado, o amor e até consigo próprio, conduzem ao desespero, à alternância entre a entrega e a possessividade. O equilíbrio é nos Muse palavra de significado meramente aparente, ou antes formal, dado que a experiência denota outra coisa, a constância do desequilíbrio mental e emocional das personagens que aqui habitam. Neste universo, um misto de tensão e desejo de evasão, um conflito latente entre a estabilidade desejada e a inconstância vivida. Matthew Bellamy é um verdadeiro caso de “Passive Agressive” para utilizar uma linguagem molkiana, podendo mesmo ir mais longe, dado que embora os resultados sejam diversos, a patologia parece ter pontos comuns – quanto do efeito Placebo está contido na música dos Muse? Resposta para outras divagações...
Retornando à temática do primeiro parágrafo e adoptando uma lógica circular – que é de resto aquela que o próprio Matt acaba por, voluntária ou involuntariamente seguir, numa sucessão de emoções que tem algo de cíclica - será realmente de uma teoria da conspiração de que aqui se fala? Não serão as letras – e as músicas, obviamente – o simples reflexo dos receios que tantos temos por comuns, mais do que uma explicação, uma pergunta? A resposta, tê-la-á talvez Matthew Bellamy, e digo talvez porque talvez nem ele consiga fazer uma auto-análise com resultados tão claros que lhe permitam esboçar uma explicação. A explicação de como, porquê e para quê a “hysteria” e o dramatismo surgem de forma tão recorrente na sua arte. De papelinhos prateados, pétalas vermelhas e rostos distorcidos às palavras simples e directas, às outras palavras mais rebuscadas, das sonoridades clássicas, das notas melodiosas, ao rebentar das guitarras de som distorcido, tudo nesses matizes de diferentes (e tão diferentes que são!) gradações é Muse – e os Muse são o Chris, o Dominic e o Matthew, que por acaso hoje faz anos. Happy birthday in a dramatic way, is my passive-agressive wish to you.
Cátia Monteiro
’04.06.08
Perante tudo isto, e sem um Deus a quem responsabilizar, é obviamente difícil encarar o mundo, quem nele vive e as lógicas (ou ilógicas) por que se rege. E Matt canta: “It scares the hell out of me/ And the end is all I can see” – que fim? A chave está em: “Look through a faithless eye/ Are you afraid to die”? Perante a perspectiva de um fim abrupto, de uma morte sem vida para lá do que quer que seja, tudo aquilo a que se assiste nesta Terra se apresenta ainda mais irracional. Não que ser ateu seja sinónimo de carecer de esperança ou até mesmo de fé (elas são direccionadas para a vida e para o ser humano, o que potencia a já de si pesada decepção). É apenas difícil em certos momentos não ter uma “verdade” que possa suavizar a dura realidade.
A reacção que se adivinha é a “Hysteria”, fazendo adivinhar que uma análise psicanalítica ao vocalista e letrista e... dos Muse daria certamente resultados deveras interessantes. It would be a juicy subject of psychological study. Pessoalmente (e pelo menos perante os fãs e os jornalistas) Matthew aparenta calma e uma certa racionalidade calculada, que entram em conflito com os jactos emocionais que jorram das suas letras. “Endlessly” é certamente a canção mais positiva de Absolution. À excepção de “Bliss” e “Unintended” parece que Matt nunca foi capaz de transmitir em nenhuma outra letra algo de tão positivo no amor (não esquecer que “Feeling Good” é um original da bela Nina Simone). E parece que é mesmo essa a “fórmula”. Inusitadamente ou não, há precisamente uma canção por álbum em que Matt consegue transmitir o amor que sente como algo de positivo, de belo in extremis, inevitável e irredutível, to which we can only surrender. “Endlessly” é isso; é o desejo de se querer desejar ainda mais, de não se imaginar outra condição que não a de entrega total. “Endlessly” is the time to the extent of which I’ll love you. E o único receio é o de esse amor não perdurar como se acredita no presente, porque o passado deixa sempre ensombrado o futuro. A “Hysteria” retorna e a personalidade inconstante aflora, numa busca constante e insaciável.
A incompatibilidade, com o amado, o amor e até consigo próprio, conduzem ao desespero, à alternância entre a entrega e a possessividade. O equilíbrio é nos Muse palavra de significado meramente aparente, ou antes formal, dado que a experiência denota outra coisa, a constância do desequilíbrio mental e emocional das personagens que aqui habitam. Neste universo, um misto de tensão e desejo de evasão, um conflito latente entre a estabilidade desejada e a inconstância vivida. Matthew Bellamy é um verdadeiro caso de “Passive Agressive” para utilizar uma linguagem molkiana, podendo mesmo ir mais longe, dado que embora os resultados sejam diversos, a patologia parece ter pontos comuns – quanto do efeito Placebo está contido na música dos Muse? Resposta para outras divagações...
Retornando à temática do primeiro parágrafo e adoptando uma lógica circular – que é de resto aquela que o próprio Matt acaba por, voluntária ou involuntariamente seguir, numa sucessão de emoções que tem algo de cíclica - será realmente de uma teoria da conspiração de que aqui se fala? Não serão as letras – e as músicas, obviamente – o simples reflexo dos receios que tantos temos por comuns, mais do que uma explicação, uma pergunta? A resposta, tê-la-á talvez Matthew Bellamy, e digo talvez porque talvez nem ele consiga fazer uma auto-análise com resultados tão claros que lhe permitam esboçar uma explicação. A explicação de como, porquê e para quê a “hysteria” e o dramatismo surgem de forma tão recorrente na sua arte. De papelinhos prateados, pétalas vermelhas e rostos distorcidos às palavras simples e directas, às outras palavras mais rebuscadas, das sonoridades clássicas, das notas melodiosas, ao rebentar das guitarras de som distorcido, tudo nesses matizes de diferentes (e tão diferentes que são!) gradações é Muse – e os Muse são o Chris, o Dominic e o Matthew, que por acaso hoje faz anos. Happy birthday in a dramatic way, is my passive-agressive wish to you.
Cátia Monteiro
’04.06.08
quarta-feira, junho 02, 2004
Crentes de todos os credos: dirijam-se a Sudoeste
Pois é, nesta noite inspiradora iluminada por uma lua lindivinal surge mais uma notícia que faz com que o Festival do Sudoeste se arrisque mesmo a ter o melhor cartaz do ano: os belgas dEUS - aquela banda à qual pertencem ou já pertenceram quase todos os músicos belgas que se ouvem por aí (ok, estou a exagerar, bem sei, mas não está muito longe da verdade :) como os Zita Swoon, os Millionaire, os Vive La Fête... A actuação vai ter lugar no dia 8 de Agosto, o mesmo dia de Air.
Depois do concerto o Barman vai servir cocktails pela 5ª Mostra de Cinema Europeu de Tavira. O vocalista dos dEUS vai estar a apresentar "Any Way The Wind Blows", primeira longa-metragem religiosamente aguardada pelos fãs e que tem estreia nacional agendada para 8 de Julho. Após a sessão cinéfila vem a sessão melómana e o Barman irá brindar os presentes com um DJ Set. Isto tudo a 9 de Agosto, às 21h30 @ Claustros do Convento do Carmo - cenário condizente com o cariz religioso do evento.
Depois do concerto o Barman vai servir cocktails pela 5ª Mostra de Cinema Europeu de Tavira. O vocalista dos dEUS vai estar a apresentar "Any Way The Wind Blows", primeira longa-metragem religiosamente aguardada pelos fãs e que tem estreia nacional agendada para 8 de Julho. Após a sessão cinéfila vem a sessão melómana e o Barman irá brindar os presentes com um DJ Set. Isto tudo a 9 de Agosto, às 21h30 @ Claustros do Convento do Carmo - cenário condizente com o cariz religioso do evento.
A(LIVE) #2
JUNHO
9 - SBSR - Muse+Pleymo+Static-X+Linkin Park+Korn / Da Weasel+Blasted Mechanism+Fonzie+Anger+Yellow W Van+Outer Skin
10 - SBSR - N.E.R.D.+Nelly Furtado+Avril Lavigne+Reammon+Los Hermanos / David Fonseca+Gomo+Toranja+Dealema+Patrícia Faria+Boitezuleika
10 - Yann Tiersen @ CCB, 27,50 EUR
10 - Cumplicidades #20 / Hell & friends: Bar-Zé Pedro Moura+Adriano Canzian, Video-João Pedro Gomes, Disco-Hell + Tiga
11 - SBSR - Pixies+Massive Attack+Fatboy Slim+Liars+Lenny Kravitz+Hundred Reasons / X-Wife+Clã+The Wray Gunn+Loosers+Pluto+André Indiana
SBSR - 1 DIA: 38 EUR, PASSE 3 DIAS: 75 EUR
18 - Hipnótica @ Frágil
19 - Great Lesbian Show @ Fnac Colombo, 17h
19 - Plaza @ Fnac Chiado, 18h30
19 - Quinteto Tati @ Santiago Alquimista, 7,5 EUR
20 - Plaza @ Fnac Colombo, 17h
20 - Fatboy Slim @ Lux, 24h, 15 EUR
23 - Dead Combo @ Fnac Chiado, 17h
24 - Flux @ Fnac Chiado, 17h
25 - X-Wife @ Fnac Colombo, 16h
26 - d3Ö @ Fnac Colombo, 17h
26 - X-Wife @ Fnac Chiado, 15h
27 - Quinteto Tati @ Fnac Chiado, 17h30
29 - Rodrigo Leão @ Fnac Colombo, 24h00 (exclusivo aderentes Cartão Fnac)
30 - A Naifa @ Fnac Chiado, 17h
30 - Spaceboys @ Fnac Colombo, 21h
30 - Jorge Palma @ Fórum Lx, 22h, 15 EUR
JULHO
10 - Optimus.Hype @ Meco - Palco Optimus: Moloko+The Matthew Herbert Big Band+Peaches+London Elektricity+Scratch Perverts // Tenda Zone: Fernanda Porto+Otto+Trio Mocotó+Hipnótica+Kaleidoscópio+DJ Dolores & Aparelhagem+Tó Ricciardi // Tenda Journeys: Jazzanova feat. Clara Hill (Sonar Kollektiv)+Âme (Sonar Kollektiv)+Break Reform Live+The Deal Live+Dubadelic Vibrations+Pedro Viegas+Yari+Pitt Bull // Tenda Da Providers: Stereo Addiction+Bart+Chris Meehan+Dave Seaman+Infusion+Kasey Taylor, Portas: 18h, Início: 19h, Encerramento: 9h, Entrada: 33 EUR.
17 - Festival do Dragão - David Bowie+The Charlatans+Starsailor+Leah Wood+Ute Lemper+X-Wife, a partir de 25 EUR
16 - Vilar Mouros - Chemical Brothers+Peter Gabriel+Eagle Eye Cherry+Toranja+Rão Kiao
17 - Vilar Mouros - The Cure+Clã+Ice-T
18 - Vilar Mouros - PJ Harvey+Bob Dylan+Polly Paulusma+Macy Gray+Gary Jules
VM - 1 DIA: 30 EUR, PASSE 3 DIAS: 50 EUR
AGOSTO
5 - Sudoeste - Soulwax
6 - Sudoeste - Franz Ferdinand+Dandy Warhols
7 - Sudoeste - Groove Armada+Rodrigo Leão
8 - Sudoeste - Air+dEUS+Kraftwerk
S - Tim Booth. 1 DIA: 30/ 35 EUR, PASSE 4 DIAS: 50/ 55 EUR (tbc)
17 - Paredes Coura - The Roots+Arrested Development+Culture
18 - Paredes Coura - DKT/MC5 LCD Soundsystem / Howe Gelb
19 - Paredes Coura - BRMC+Scissor Sisters / Mark Eitzel
20 - Paredes Coura - Josh Rouse
PC - 1 DIA: 30/ 35 EUR, PASSE 4 DIAS: 50/ 55 EUR (tbc)
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P.A. (pOST aDJENDA): o Verão que se aproxima promete ser bem mais cativante a nível de cartazes do que aquilo que tem acontecido até agora, com raras excepções. Sudoeste e Paredes de Coura, mais uma vez e à semelhança do ano passado, a legislar. Apesar das repetições (de bandas que estiveram cá há dois anos) porque até vale mais repetições agradáveis do que estreias desinteressantes. E com os Dandy Warhols a inaugurar as novidades parece que o que vem aí será promissor. Os preços, embora ainda tbc (to be confirmed) são igualmente mais apetecíveis... Até lá há sempre umas bandas no SBSR que valem a pena...
9 - SBSR - Muse+Pleymo+Static-X+Linkin Park+Korn / Da Weasel+Blasted Mechanism+Fonzie+Anger+Yellow W Van+Outer Skin
10 - SBSR - N.E.R.D.+Nelly Furtado+Avril Lavigne+Reammon+Los Hermanos / David Fonseca+Gomo+Toranja+Dealema+Patrícia Faria+Boitezuleika
10 - Yann Tiersen @ CCB, 27,50 EUR
10 - Cumplicidades #20 / Hell & friends: Bar-Zé Pedro Moura+Adriano Canzian, Video-João Pedro Gomes, Disco-Hell + Tiga
11 - SBSR - Pixies+Massive Attack+Fatboy Slim+Liars+Lenny Kravitz+Hundred Reasons / X-Wife+Clã+The Wray Gunn+Loosers+Pluto+André Indiana
SBSR - 1 DIA: 38 EUR, PASSE 3 DIAS: 75 EUR
18 - Hipnótica @ Frágil
19 - Great Lesbian Show @ Fnac Colombo, 17h
19 - Plaza @ Fnac Chiado, 18h30
19 - Quinteto Tati @ Santiago Alquimista, 7,5 EUR
20 - Plaza @ Fnac Colombo, 17h
20 - Fatboy Slim @ Lux, 24h, 15 EUR
23 - Dead Combo @ Fnac Chiado, 17h
24 - Flux @ Fnac Chiado, 17h
25 - X-Wife @ Fnac Colombo, 16h
26 - d3Ö @ Fnac Colombo, 17h
26 - X-Wife @ Fnac Chiado, 15h
27 - Quinteto Tati @ Fnac Chiado, 17h30
29 - Rodrigo Leão @ Fnac Colombo, 24h00 (exclusivo aderentes Cartão Fnac)
30 - A Naifa @ Fnac Chiado, 17h
30 - Spaceboys @ Fnac Colombo, 21h
30 - Jorge Palma @ Fórum Lx, 22h, 15 EUR
JULHO
10 - Optimus.Hype @ Meco - Palco Optimus: Moloko+The Matthew Herbert Big Band+Peaches+London Elektricity+Scratch Perverts // Tenda Zone: Fernanda Porto+Otto+Trio Mocotó+Hipnótica+Kaleidoscópio+DJ Dolores & Aparelhagem+Tó Ricciardi // Tenda Journeys: Jazzanova feat. Clara Hill (Sonar Kollektiv)+Âme (Sonar Kollektiv)+Break Reform Live+The Deal Live+Dubadelic Vibrations+Pedro Viegas+Yari+Pitt Bull // Tenda Da Providers: Stereo Addiction+Bart+Chris Meehan+Dave Seaman+Infusion+Kasey Taylor, Portas: 18h, Início: 19h, Encerramento: 9h, Entrada: 33 EUR.
17 - Festival do Dragão - David Bowie+The Charlatans+Starsailor+Leah Wood+Ute Lemper+X-Wife, a partir de 25 EUR
16 - Vilar Mouros - Chemical Brothers+Peter Gabriel+Eagle Eye Cherry+Toranja+Rão Kiao
17 - Vilar Mouros - The Cure+Clã+Ice-T
18 - Vilar Mouros - PJ Harvey+Bob Dylan+Polly Paulusma+Macy Gray+Gary Jules
VM - 1 DIA: 30 EUR, PASSE 3 DIAS: 50 EUR
AGOSTO
5 - Sudoeste - Soulwax
6 - Sudoeste - Franz Ferdinand+Dandy Warhols
7 - Sudoeste - Groove Armada+Rodrigo Leão
8 - Sudoeste - Air+dEUS+Kraftwerk
S - Tim Booth. 1 DIA: 30/ 35 EUR, PASSE 4 DIAS: 50/ 55 EUR (tbc)
17 - Paredes Coura - The Roots+Arrested Development+Culture
18 - Paredes Coura - DKT/MC5 LCD Soundsystem / Howe Gelb
19 - Paredes Coura - BRMC+Scissor Sisters / Mark Eitzel
20 - Paredes Coura - Josh Rouse
PC - 1 DIA: 30/ 35 EUR, PASSE 4 DIAS: 50/ 55 EUR (tbc)
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P.A. (pOST aDJENDA): o Verão que se aproxima promete ser bem mais cativante a nível de cartazes do que aquilo que tem acontecido até agora, com raras excepções. Sudoeste e Paredes de Coura, mais uma vez e à semelhança do ano passado, a legislar. Apesar das repetições (de bandas que estiveram cá há dois anos) porque até vale mais repetições agradáveis do que estreias desinteressantes. E com os Dandy Warhols a inaugurar as novidades parece que o que vem aí será promissor. Os preços, embora ainda tbc (to be confirmed) são igualmente mais apetecíveis... Até lá há sempre umas bandas no SBSR que valem a pena...